G1 deu uma volta no novo Classic 2011

15/05/2010 13:09

Por dez anos o Classic reinou absoluto no segmento de sedãs pequenos. Agora, com o Fiat Siena pela frente, ele fica mais moderno para tentar disfarçar a idade. São 15 anos desde o lançamento do Corsa Sedan no mercado brasileiro. As mudanças concentradas apenas no visual fizeram bem ao carro, mas não passam de uma leve maquiagem.


O novo Classic está nas lojas a partir de R$ 28.294, já com o IPI integral. Apesar do preço atrativo, o modelo sai de fábrica apenas com desembaçador elétrico do vidro traseiro e preparação para som. Já a lista de opcionais é extensa e, equipado com travas e vidros elétricos, alarme, ar-condicionado e direção hidráulica, o preço chega a R$ 34.534. Estão disponíveis ainda quatro pacotes de opcionais que oferecem desde alça de segurança do teto até sistema de som e de navegação GPS.

 

Foto: Arte/G1

Tabela de concorrentes do Classic (Foto: Arte/G1)

Chevrolet Classic 2011 (Foto: Divulgação)

Por fora, o modelo agrada com linhas e faróis arredondados que lembram o Prisma. Mas não espere surpresas na cabine. Ao entrar no carro é como voltar ao tempo. Mesmo com o painel com novos grafismos, a ‘alma’ do Corsa está por todos os lados. Não que o antigo seja ruim, pelo contrário, o habitáculo é confortável, mas de fato a idade pesa.


Uma saída encontrada pela fabricante para modernizar o interior foi oferecer GPS e até um sistema de som que conversa com o motorista por meio de mensagens no display, que de tão ‘sofisticado’ não traz entrada para CD, apenas para USB e tocadores de MP3.


Sob o capô é que está o melhor do Classic. Para não invadir o mercado de outros carros da marca, o sedã de entrada é oferecido apenas com o motor 1.0. Desde o ano passado o propulsor passou a ser o VHCE, com potência de 78 cavalos com álcool e de 77 cavalos com gasolina. O fôlego a mais fez muito bem ao carro e satisfaz, principalmente no uso urbano.

 

Foto: Divulgação

Chevrolet Classic 2011 (Foto: Divulgação)

Na estrada, o Classic anda muito bem na faixa entre 100 km/h e 120 km/h. Mais do que isso, é comprometer a dirigibilidade e o consumo, outro ponto forte do sedã. De acordo com a fabricante, o gasto é de 13,3 km/l com gasolina e 9,5 km/l se abastecido com álcool.


A GM defende que as leves alterações visam manter a identidade do sedã e a relação custo-benefício, mas há quem aponte que a fabricante quis aproveitar a receita já pronta do chinês Sail, já que o nosso novo Classic tem a mesma cara da geração aposentada na China.

 

Foto: Divulgação

Chevrolet Classic 2011 (Foto: Divulgação)

Além de manter o mesmo carro no mercado por tantos anos, a marca quer outro feito: fazer do Classic o carro da Chevrolet mais vendido no país. Atualmente o modelo só perde para a versão sedã do Chevette que alcançou 1,065 milhão de unidades, exatamente 500 mil unidades a mais que o Classic.


Com a venda média mensal de 9 mil unidades, o sedã terá que sobreviver mais quatro anos e meio, no mínimo, para atingir a meta. Essa pode ser uma pista de que o Classic está longe de se aposentar e deve manter o nome e a carroceria até que o projeto Ônix, que mira o Celta e o Prisma, seja lançado.